Faraco é o maior contista que conheço. Suas histórias, curtas, não entregam o jogo pro leitor. Tudo é personagem, não só "pessoas": vestes, paisagens, vocabulário... E tudo tem um ar melancólico (pelo menos, assim vejo, sinto). Meu primeiro livro dele foi Dama do Bar Nevada, uma seleção de contos. Gostei tanto que procurei outros. Hoje, tenho muitos. Vários em edições pocket, bem baratas. Contos Completos tem que estar na sua estante. Assim como o relato de viagem/diário sentimental, Lágrimas na Chuva, onde ele narra seus dias, entre 1963-65, na então União Soviética.
Há pouco, Phillip Roth também parou. Disse que não tinha nada a acrescentar. "Fiz o melhor que pude, com o que tinha". Será que foi essa razão de Faraco? Por que a vida não encanta, tampouco sensibiliza mais ele? Por que a vida não lhe oferece subsídios para novas histórias? Há algo errado. E não é com Faraco. É com a vida...
(...)
Para quem quiser saber mais, tem uma entrevista bacana dele: http://vimeo.com/49927955.
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