Não sei quando comecei a gostar de jazz. Pode ter sido no mesmo momento que comecei a gostar de uísque. Não sei... A verdade é que mesmo gostando do som, não entendo porra nenhuma de jazz. Não sou como o meu xará e amigo, Lucas Colombo, que sabe tudo de datas, notas, dramas, tramas e prazeres dos homens e mulheres que construíram o estilo. O cara é um especialista. Sugiro até a leitura de um artigo dele sobre Chet Baker.
Eu só sinto a música. Eu paro tudo quando ouço um jazz. No máximo, rabisco algumas bobagens. Às vezes, fico com o gato branco em meu colo. Noutras, tomo umazinhas. E só. Deixo o som ir percorrendo, meu corpo, a sala, meus pensamentos tolos... Dia desses, deu na TV a cabo: Por volta da meia noite, de 1986. A trama conta com um saxofonista negro, alcoólatra, velho e nitidamente cansado de lutar contra suas sombras, e um fã branco cheio de esperanças no cara. A maior parte da história, quase toda, se passa em Paris. “Sabe, sua música mudou minha vida”, diz o fã, em um dos momentos mais marcantes. Se puder, veja.
Depois fui ler um pouco sobre e descobri que era tudo tocado mesmo. O tal saxofonista é Dexter Gordon, músico reconhecido (e até concorreu ao Oscar pelo filme!). E o ator francês parece que é consagrado por lá. Recentemente foi protagonista em Os Intocáveis (2011). Mas o melhor é, obviamente, a trilha sonora, composta por Herbie Hancock, que também atua na película como pianista.
Trailer aqui: https://www.youtube.com/watch?v=nRFTIXDV3zM
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