quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Algumas Aspas De George Best


Edmundo, Adriano Imperador, Balotelli, e outros tantos bad boys do futebol são coroinhas perto do que foi George Best. O norte-irlandês teve seu auge no Manchester United, entre 1964 e 1968. Nesse período foi campeão inglês e da Champions League. Best era ponta, veloz e driblador foi considerado o Garrincha europeu.

Na década de 70, afundou-se no álcool. Peregrinou por diversos times do mundo, mas sem sucesso. Nos anos 2000, começaram as complicações em razão de seus excessos, afetando seus rins. Morreu em 2005, com 59 anos, com falência múltipla dos órgãos.

Algumas frases que marcaram George Best

"Odeio táticas, elas me aborrecem. O que me importa são meus dribles, chego a sonhar com eles".

"(Sobre David Beckham) Ele não chuta com a esquerda, não sabe cabecear, não sabe driblar e não marca muitos gols; fora isso, ele é bom".

“Eu sou o cara que levou o futebol das páginas internas para a capa dos jornais”.

"Em 1969, eu abandonei as mulheres e o álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida".

"Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros. O resto eu desperdicei".

"Dizem que tentei dormir com sete Misses Mundo. Não é verdade. Foram apenas quatro. As outras três é que vieram atrás de mim".


Um vídeo de 15 min com os melhores momentos do craque, também conhecido como o Quinto Beatle.


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Se Persistirem os Sintomas, Um Médico Deverá Ser Consultado


Pelas fotos

Ela parece ser uma pessoa feliz

Mas toma Fluoxetina como quem chupa bala Soft...

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Geografia - Conto Publicado no Livro Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo


Meu conto Geografia foi publicado no livro do Mínimo Múltiplo, que saiu faz pouco. A organização é do jornalista Lucas Colombo. Tem muita gente bacana participando.

Os Melhores Textos do Mínimo Múltiplo já está disponível na Saraiva Online: http://www.saraiva.com.br/os-melhores-textos-do-minimo-multiplo-8284416.html
 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eu Quase Sempre Fico Quieto


A pessoa fala com autoridade sobre os pobres. A pessoa escreve artigos com convicção e aponta números sobre os programas dos governo e da atual situação dos pobres. Os pobres isso, os pobres aquilo...

O curioso é que essa pessoa nunca comeu massa com sardinha no refeitório da escola, pois estudou nas melhores instituições de ensino da cidade. Nunca ficou quatro horas na fila do SUS com o pulmão detonado, pois teve tratamento e acompanhamento nos melhores hospitais particulares. Nunca precisou tomar o Corujão numa parada fedendo a mijo, às 2h da madrugada, cercado de pedreiros insones e velhos degenerados, pois sempre foi levado de carro para lá e para cá, pelo papai e pela mamãe.

Mas essa pessoa segue falando. Segue tentando convencer, tentando catequizar alguns índios perdidos nessa selva de bobagens que é a internet.

E eu com isso? Bom, eu quase sempre fico quieto.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Arte Não é Corrida de Cavalos

Arte Não é Corrida de Cavalos, Arte não é Holofote Ou Um Manifesto Inocente e Romântico Sobre Nossos Dias



Artigo que fiz para o site Mínimo Múltiplo. É uma crítica a sede de aprovação e exposição de muitos artistas,como os que integram reality shows musicais e outras tantas premiações que existem por aí. Separei alguns trechos:

"Precisamos da aprovação do outro. Dependemos disso para viver. Somos carentes e nossa falta parece não caber no mundo. Não há o que a preencha por completo. O amor é pouco. Infelizmente para alguns, ou felizmente para outros, sempre será pouco. Por isso, entre outras tantas fugas, maneiras de matar o tempo e ocupar a mente, existe a arte"

Entretanto, há artistas que insistem em buscar insanamente essa aprovação, deixando sua ambição estética de lado ou a direcionando para um simples agradar o maior número de pessoas possível. E, quando se chega a esse ponto, vale tudo. Há situações, cada vez mais corriqueiras, que evidenciam essa sede, essa ânsia. Um exemplo disso são os novos programas televisivos em que cantores não profissionais disputam quem é o “melhor”. 

"(...) alcançar o lugar mais alto do pódio significa ser bem quisto, estar nos holofotes e transmitir uma imagem positiva para os outros. Essa última opção acaba sendo o real e evidente objetivo. É um pouco assustador e, ao mesmo tempo, deprimente. Mas, afinal, como isso afeta a arte, hoje? Até onde nosso narcisismo exagerado contribui para a produção artística – se é que contribui?"

Link para o texto completo: http://minimomultiplo.com/index.php?page=250 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Murilo Mendes Entre as Colunas da Ordem e da Desordem

Murilo Mendes por Guignard
Murilo Mendes (1901-1975) foi um grande poeta. Entretanto, ainda não é reconhecido como tal. Seu primeiro livro, Poemas, é de 1930 e está tendo uma nova edição, da Cosac Naify, assim como A Idade do Serrote, Convergência e Antologia Poética (organizada por Júlio Castañon Guimarães e Murilo Marcondes de Moura). É impressionante como volta e meia isso acontece no mercado editorial brasileiro, um poeta "antigo" ou esquecido pelo grande público é redescoberto. Aconteceu há um tempo com Drummond, Quintana e, mais recentemente, com Leminski, Ana Cristina César e Wally Salomão. O que importa é que Mendes ganha, enfim, uma nova chance de ser lido por mais pessoas.

Conheci a obra do mineiro de Juiz Fora ainda na universidade. Lembro que foi um dos autores que me marcaram de forma positiva. Seu texto é muito mais rico e vivo que de seus contemporâneos mais badalados pela crítica, como Mário e Oswald de Andrade e Jorge de Lima. Poderia elencar alguns critérios para essa minha afirmação, mas, no fim das contas, acaba sendo é uma questão de gosto.

Seus versos ainda tem algo a dizer e sobrevivem entre as colunas da ordem (religiosidade) e da desordem (surrealismo). Exatamente, como diz o seu belo poema Os Dois Lados.


OS DOIS LADOS

Os dois lados:

Deste lado tem meu corpo
tem o sonho
tem a minha namorada na janela
tem as ruas gritando de luzes e movimentos
tem meu amor tão lento
tem o mundo batendo na minha memória
tem o caminho pro trabalho.

Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida
tem pensamentos sérios me esperando na sala de visitas
tem minha noiva definitiva me esperando com flores na mão,
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.

(Murilo Mendes)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Depois de Gutenberg


Pessoas solitárias

Seguiram inventando máquinas

De reproduzir

Solidão

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Chega uma Hora que Só o Amor Resolve as Coisas


De uma amiga, defensora das causas feministas e trintona:


- Olha, na fase que eu tô, um machista que me ame cairia bem...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Eles Não Foram Capazes de Pendurar um Quadro na Parede

Bateu com tanta força a porta, que se tivesse algum quadro pendurado na parede este cairia com certeza. Entrou convicto no apartamento.

- Olha aqui, a partir de hoje, você só vai abrir a porra dessa boca para me dizer elogios, tá entendendo?! Você só me bota pra baixo. Você não vê tudo que eu faço? Só fica enchendo o saco com a merda da toalha no chão e a escova de dente que em cima da pia, com a camiseta do Iron Maiden que tá puída e é minha parceira em todas as fotos, com meu bafo por causa da cerveja, com o Inter que vai jogar mais uma vez nessa semana, com meu amigo que tá sem trabalho e precisa do meu ombro, com a conta da luz atrasada... Você é pior que minha mãe! Tá louco, onde eu tava com a cabeça?! Puta que pariu! Como você me coloca pra baixo...

No começo, nos primeiros berros, ela até arregalou os olhos, mas ao longo do discurso bocejou, espreguiçou-se naquele efeito sanfona que só os gatos conseguem fazer, pulou do sofá todo descosturado de tanto afiar as unhas e foi em direção ao seu pratinho, quase vazio.

Ele tinha esquecido de comprar ração.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Um Bom Lugar Para Viver II


- Nos Estados Unidos isso jamais aconteceria. Lá as coisas são diferentes.

- Já foi aos Estados Unidos?

- Não.

- Conhece alguém que mora lá?

- Não.

- Então, como você sabe?

- Eu vejo nos filmes.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

(+18) Acontece com Todo o Homem - Conto Inédito na Revista Sexus


Saiu um conto inédito meu numa das revistas mais bacanas da web, a Revista Sexus (+18), editada pelo Bruno Ribeiro. Sempre tem um monte de gente bacana participando e nessa edição não é diferente. Fiquei faceiro demais com o resultado. Abaixo, um trecho de "Acontece com Todo o Homem" e o link para vocês darem uma lida. Também dá para baixar e imprimir se quiserem.


(...) Eu estupro porque gosto.
Não tem essa de trauma de infância,
nem revolta com a sociedade.
Tem a ver com a natureza da coisa.
Tem a ver com aquele tesão
inexplicável que dá. Com buscar
algo muito difícil e conquistar. Por
isso que só estupro homens. Você
tem que ver. A primeira coisa que
eles acham é que você vai roubar
o carro. Eles dizem “pode levar, só
não me machuca”. Daí, eu explico.
Muitos não acreditam, mas acabam
cedendo. Os caras falam que 
tem filho, esposa, e me perguntam 
como vão ficar. Essa imploração, 
essa humilhação, é que me deixa 
mais excitado. (...)


Link da sexta edição da revista: file: http://sexusrevista.com/2014/11/10/revista-sexus-numero-seis/

domingo, 2 de novembro de 2014

Trecho de um Futuro Conto

O segundo livro - O Ano dos Mortos - ainda não saiu. Mas não posso me dar ao luxo de não seguir em frente. Separei um trecho de um conto que estou trabalhando. Talvez, para um terceiro livro. O conto e o livro ainda não tem título.

(...)


Você assistiu a muitos filmes de Hollywood e acreditou que beber e fumar te deixaria mais sexy, porque os personagens fazem isso o tempo todo e recebem uma atenção significativa das mulheres. Então, você vai lá: bebe e fuma. Repete a equação algumas vezes, mas sem resultado algum. Até o momento em que – eu estou resumindo a história – você senta sozinho em um bar. E essa triste cena se repete também. Pois o mais triste seria ficar em casa – ainda mais depois que você entregou os gatos para adoção e cancelou a TV por assinatura – quase todos os canais eram de culinária. Um dia, uma mulher se aproxima e pergunta se você tem fogo. Sim, lógico que você tem. Você faz um gesto ágil em seu Zippo falsificado e uma labareda surge e ilumina por pouco tempo o lugar. Depois, ela lhe pede uma bebida. É tudo muito estranho. Isso raramente aconteceu, pois você não está em Hollywood. Você já bebeu e fumou o suficiente para não cair nesse truque. Você está mais gordo e com uma péssima dentição. Sua pele não está boa. Só em Hollywood que os homens pisam fundo e ainda mantém os braços musculosos e barriga em dia. Você retorna a mulher. Não prestou atenção em quase nada do que ela falou. Algumas palavras soltas, apenas. Cocaína, meu ex-marido, meu filho está com minha mãe, essa cidade é uma merda... Você só balança a cabeça, dá umas bicadas em seu copo, dobra as sobrancelhas ou oferece sorrisos curtos. Se fosse em Hollywood, ela seria uma espécie de modelo fracassada e você aparentemente teria sorte em encontrá-la. Mas seria só uma isca. Depois das primeiras noites tórridas de sexo – em Hollywood o sexo é sempre quente –, vocês viveriam em guerra. Ela teria outros. Você, outras. Os dois teriam ciúmes. Seria uma barra, seria doentio. O final do filme seria uma fuga, deixando pequenos delitos ou crimes para trás. Você guardaria umas novas cicatrizes, que só trariam orgulho pra você – nem cicatrizes de guerra são mais motivo de orgulho, as de briga então... Ela, a personagem secundária, seguiria do ponto onde lhe encontrou. E, certamente, outro a acolheria. A resposta para tudo isso, ou a moral, pouco importaria. Seria só uma breve história sem redenção alguma. Uma parábola onde os personagens se ferem por serem solitários e não encontrarem respostas. Afinal, quem tem pretensão em tê-las? Você acorda do transe que foi assistir a esse “filme b” e ri de toda essa bobagem. Ela, que estava falando sobre como as crianças sabem ser cruéis, usando como exemplo seu filho de cinco anos que a chamou de puta na frente de toda a família em uma noite Natal, se surpreende com sua alegria repentina. Você se desculpa e diz que pensou numa besteira, numa piada. Ela quer saber o que é. Diz que ficou muito curiosa e também quer rir. Você pergunta se ela não quer seguir a conversa na sua casa. Lá você conta o que te fez rir. Ela aceita o convite. Fala que está ansiosa para ouvir a tal piada. Na verdade, você não sabe contar uma sequer, mas tem noites que vale a pena arriscar. 

(...)