domingo, 13 de setembro de 2015

Versinho Perdido


A casa toda escura. Só eu, tateando coisas e tentando ver com a luz da tela de um aparelho celular. Tropecei na gata preta - uma ruana que agora vive comigo. Acertei a quina da cama com o dedo mínimo do pé esquerdo. Gemi quase calado. Tentei, sem sucesso, não acordar minha esposa, que tinha compromisso importante na manhã seguinte. - Te aquieta! - ela disse. Enfim, quando consegui me recompor - prestes a tomar a caneta sobre o criado-mudo -, perdi o verso em algum canto da memória. Uma estrofe hermosa que me surgiu enquanto escovava os dentes numa noite que faltou luz...

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