Abriu o sinal e o carro não arrancou, porque o motorista estava mexendo no celular. O condutor atrás dele não percebeu isso, porque também estava no celular. Assim foi com o motorista do ônibus e os 43 passageiros da linha. Com os pedestres nas calçadas, a mesma coisa.
Eu gostaria que vocês vissem. Há dias, eles seguem assim.
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Teve uma cena engraçada em Londres.
Estávamos no metrô. Duas brasileiras conversavam. Certo que não havia lusófonos a sua volta, uma delas desencadeou uma série de relatos sexuais. Uma crônica picante de sua rotina amorosa. Descrevia seu amante em detalhes. O homem me pareceu um reprodutor nato. E que homem! "Você tinha que ver as mãos dele me pegando", ela disse. Contava o quanto era feliz com ele. E o quanto não era com seu marido.
Quando se aproximava da minha estação de desembarque empostei a voz à minha mulher.
- Na próxima, é a nossa parada.
Elas gelaram. Naqueles breves minutos, entre as estações, não se ouviu mais nada em português no vagão.
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