Lucas Barroso
Os sacos de lixo
Amontoados na calçada
Desenham um corpo caído
O vento
O frio
O Sol
A primavera
Nada o faz levantar
O chorume que exala
Faz as pessoas apertarem os passos
Tomarem outro rumo
As sacolas plásticas
Assim como a pele
Tem carne podre dentro delas
Quem jogou fora esse lixo?
Os abutres têm hora marcada
E tem pressa
Não sobrará nem memória
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Imagem do repórter fotográfico Evandro Oliveira.
O poema fará parte do meu segundo livro, O Ano dos Mortos, editora Bartlebee Livros. O lançamento deverá acontecer até a metade do ano.
Minha estreia: http://lsbarroso.blogspot.com.br/p/livros-publicados.html