Em um mundo repleto de possibilidades ser quem se é tem um preço. Nossa fé é constantemente abalada, testada e posta à prova. Temos que ser assim ou assado, porque o momento pede ou porque dizem que não existe outra maneira. Há sempre uma força contrária. Há tantas bengalas morais e falsos moralismos por aí, de gente que finge e desiste. Porque brigar faz a briga durar mais tempo. Contudo, quem acredita em algo, é fundamental seguir firme e convicto de que se está no caminho.
Caso contrário, a amizade, o amor, a palavra empenhada e até mesmo nossos sonhos podem se esvair. E daí como é que faz? Vale a pena deixar esses valores e sentimentos para trás?
O dinheiro, o ódio, o rancor, o desconhecido, a falta de coragem… Há muito para nos provocar e alterar nossas rotas. Por isso, é tão difícil e complexo se manter íntegro e fiel a princípios. Ainda mais em um período de esgaçamento moral como o que vivemos. Em nossa volta, tem pessoas que cedem um pouco, relativizam, negaceiam. Tudo para desistir do que se acredita e deixar o fracasso mais cômodo.
E como, afinal, se ensina alguém a crer em algo ou a manter a crença viva? Não é uma resposta fácil. Cabe dar o exemplo, viver o que se prega e confrontar o que não se crê, pois é essa postura inabalável que faz a árdua estrada se tornar menos penosa.
É dessa fé que me refiro. Essa que contamina quem está por perto e faz os bons fincarem o pé no que é certo. Essa que nos move e nos dá um propósito para viver. Essa que está incrustada em certas pessoas e ultrapassa gerações. A atitude que orgulha um pai e uma mãe ao ver o filho replicá-la. Falo daquela postura que garante, ao fim de tudo, um bem maior, como a paz para tocar os dias em frente. É disso que todo mundo precisa.
Até mesmo os descrentes e covardes.