quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Um Nobel Quase Esquecido



Knut Hamsun. Maior escritor norueguês. Nobel de Literatura em 1920.

Na década de 40 anunciou sua admiração por Hitler e o nazismo. A guerra acabou. Foi julgado, condenado e preso por suas opiniões políticas.

Seu advogado sugeriu, em razão da sua elevada idade - morreu logo após, com 92 anos, em 1952 - que ele alegasse senilidade ao juri. Deu de ombros. Não mudaria de opinião.

Mas o povo mudou sua opinião em relação a ele e sua obra.

Desde então, os noruegueses tem vergonha de seu mais reconhecido escritor - até surgir o tal Karl Ove Knausgard, autor de Minha Luta (esses noruegueses...).

Hamsun escreveu o clássico Fome, de 1890 - maior inspiração do norte-americano John Fante. O livro repousava na biblioteca pública municipal de Poa há quase 13 anos. Até que alguém resolveu pegá-lo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Faquir


- Como tu tá magro, Lucas! 
- Pois é...
- Dieta?
- Não. Há três meses estou vivendo de Literatura.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Se Deus Quiser, Seremos Todos Idosos e Negativados Um Dia...


- Sei que um dia eu vou morrer. Mas em todos os outros, estarei vivo.

- Que bonito isso! É seu?

- Não. Tirei de uma propaganda de uma financeira que oferece créditos para idosos e negativados.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Quando Os Vencedores Ficam Pra Trás


Tem o caso daquela atleta suíça, Gabriele Andersen, na Olimpíada de Los Angeles, em 1984. Ela chega toda torta, cambaleante, na reta final da maratona feminina. Até que cruza a linha e desmaia nos braços dos assistentes. 37ª colocada. Mesmo assim entrou para a história. Superação. Espírito olímpico. Etc. Agora eu pergunto: alguém lembra quem ganhou aquela bendita medalha de ouro? Ninguém lembra. O mundo só tem olhos para a suíça perdedora. A vencedora, que se preparou anos para ser campeã, está esquecida em algum canto.

Veja outro caso: Doutor Sócrates. Jogou futebol de 1974 a 1989. Nesse tempo todo ganhou três campeonatos paulistas pelo Corinthians (teve uns cariocas pelo Flamengo, mas ele jogou muito pouco no clube). Mesmo assim, está no panteão dos melhores de todos os tempos. Um dos atletas mais inteligentes da história, segundo o jornal britânico The Guardian. Nada de título brasileiro, nada de Libertadores. Pela seleção, nem uma Copa América ele conseguiu. Injustiça. Merecia ter vencido, pelo menos, a copa de 82.

E o Zinho? Jogou de 1986 a 2007. Conhecido maldosamente como “enceradeira”. Girava com a bola escondida rente aos pés. Foi campeão do mundo em 1994, como titular da seleção. Cinco vezes campeão brasileiro. Quatro Copas do Brasil e uma Libertadores da América no currículo.

Arrisco afirmar que, em 50 anos, ninguém se lembrará mais do Zinho. Como ninguém se recorda mais de Joan Benoit Samuelson, norte-americana. Vencedora da maratona de 1984.

Às vezes, o mundo também sabe ser injusto com os vencedores.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Virose nos Sebos


As pessoas começam a desapegar da sua obra (ou não gostar, ou estão mal de grana, ou... ou...). E ela começa a rodar por aí.

Essa breve divagação é pra dizer que meu livro, Virose (de 2013), já aparece em alguns sebos. Fiquei sabendo por um amigo. Como sou louco por sebos, como sigo comprando e indo em sebos, achei uma boa notícia.

Na Estante Virtual, já dá pra achar: http://www.estantevirtual.com.br/sebotraca/Lucas-Barroso-Virose-196732643

Também está à venda em sites como Saraiva, Amazon e etc. O preço é justo. Entre R$ 25 e 30.