Meu amigo recebeu alta depois de um mês.
- Cara, mais de 10 dias e os médicos não sabiam o que eu tinha. Eu tava apavorado. Tava começando a achar que tinha VHF.
- VHF?!
- Eu sei que dizem que não mata mais ninguém, que é só tomar uns coquetéis e tal, mas não sei não. Acho que eu me mataria se tivesse com VHF.
- Tu quis dizer HIV?
- Isso! Isso aí mesmo.
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Jogávamos sinuca no bar do velho Zé. Um amigo falava que estava com medo, tinha transado com uma garota de programa sem camisinha. Não sabia o que fazer. Velho Zé, que ouvia as lamúrias, interrompeu.
- Meu caro, não esquenta a cabeça. Só tem Aids quem faz exame.
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Pra fechar. Um jovem Emanoel Villodre ouvia conselhos de seu tio. Um deles chamou sua atenção.
- Essa coisa de camisinha é tudo cascata. Se tu estiver com uma menina, e não tiver camisinha, não te preocupa. Transa a vontade. Só depois que acabar toma um copo de leite. Mata tudo que é porcaria! Vai por mim
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sábado, 27 de setembro de 2014
Uma Praga
Uma das maiores pragas do mundo moderno (e virtual) são os escritores independentes, infectados pela tal Literatura Independente.
Eles não têm mais fronteiras. Não necessitam mais pedir licença ou bater de porta em porta ou fazer malabarismo com folhas A4 no sinal. Agora, eles simplesmente invadem o espaço alheio com seus egos de pobre e despejam suas histórias estranhas, bizarras. Quer queira, quer não queira.
Um exemplo. Você está no metrô ou no ônibus, quase dormindo, e aparece um deles, nitidamente infectado, nojento, pedindo só alguns minutinhos de sua atenção. São muito inconvenientes. A sociedade não sabe o que fazer com eles. Em grandes eventos, como feiras literárias, simpósios, colóquios, etc, eles são varridos para longe. Afinal, ninguém suporta tanto fedor e imundície.
Então, todos se perguntam: onde estão as iniciativas governamentais para abrigar esse tipo de gente? Ninguém sabe, ninguém sabe...
No princípio, muitos morreram de Literatura Independente. Entretanto, com o tempo e o avanços médicos, as vacinas ficaram mais fortes e já é possível sobreviver. Lógico, há diversas limitações. Não é uma vida fácil. Nenhum pai, que tenha juízo, quer ver seu filho sofrendo disso.
Aos doentes – muitos acabam, infelizmente, propagando essa praga – cabe conviver com essas limitações. É um consolo, talvez, o único.
Eles não têm mais fronteiras. Não necessitam mais pedir licença ou bater de porta em porta ou fazer malabarismo com folhas A4 no sinal. Agora, eles simplesmente invadem o espaço alheio com seus egos de pobre e despejam suas histórias estranhas, bizarras. Quer queira, quer não queira.
Um exemplo. Você está no metrô ou no ônibus, quase dormindo, e aparece um deles, nitidamente infectado, nojento, pedindo só alguns minutinhos de sua atenção. São muito inconvenientes. A sociedade não sabe o que fazer com eles. Em grandes eventos, como feiras literárias, simpósios, colóquios, etc, eles são varridos para longe. Afinal, ninguém suporta tanto fedor e imundície.
Então, todos se perguntam: onde estão as iniciativas governamentais para abrigar esse tipo de gente? Ninguém sabe, ninguém sabe...
No princípio, muitos morreram de Literatura Independente. Entretanto, com o tempo e o avanços médicos, as vacinas ficaram mais fortes e já é possível sobreviver. Lógico, há diversas limitações. Não é uma vida fácil. Nenhum pai, que tenha juízo, quer ver seu filho sofrendo disso.
Aos doentes – muitos acabam, infelizmente, propagando essa praga – cabe conviver com essas limitações. É um consolo, talvez, o único.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
O Amor É Brega
Encostou no ouvido dela e declamou.
- Você é minha luz, estrada/ Meu caminho/ Sem você não sei andar sozinho/ Sou tão dependente de você...
- Que bonito isso, amor.
- Adivinha de quem é?
- Não faço ideia.
- É poeta e músico.
- Vinícius de Moraes?
- Não, Zezé Di Camargo.
- Nossa, como você é brega!
- Sou um brega invertebrado.
- Não seria inveterado?
- Não, invertebrado mesmo. Não tenho ossos, sou só coração.
- Você é minha luz, estrada/ Meu caminho/ Sem você não sei andar sozinho/ Sou tão dependente de você...
- Que bonito isso, amor.
- Adivinha de quem é?
- Não faço ideia.
- É poeta e músico.
- Vinícius de Moraes?
- Não, Zezé Di Camargo.
- Nossa, como você é brega!
- Sou um brega invertebrado.
- Não seria inveterado?
- Não, invertebrado mesmo. Não tenho ossos, sou só coração.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Todo Mundo Sabe
Todo mundo sabe que os dados estão viciados
Todo mundo caminha com os dedos cruzados
Todo mundo sabe
A guerra acabou
Todo mundo sabe
Os bons perderam
Todo mundo sabe
A luta foi armada
Os pobres continuam pobres
E os ricos seguem ricos
É assim que as coisas são
Todo mundo sabe.
Todo mundo caminha com os dedos cruzados
Todo mundo sabe
A guerra acabou
Todo mundo sabe
Os bons perderam
Todo mundo sabe
A luta foi armada
Os pobres continuam pobres
E os ricos seguem ricos
É assim que as coisas são
Todo mundo sabe.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
What?!
- Tô com um job pra ti. Mas primeiro tu tem que ficar ligado no briefing. Depois do brainstorming, tu escolhe o case e faz um storyboard. É barbada! Pensa no aproach que sempre damos em nossos jobs e manda bala.
- Hum... Entendi. Deixa comigo.
- Ah, se tudo der certo, fizemos um broadcast da coisa toda. Que tu acha?
- Acho ótimo.
- Mas fica esperto no deadline.
- Ok.
- Hum... Entendi. Deixa comigo.
- Ah, se tudo der certo, fizemos um broadcast da coisa toda. Que tu acha?
- Acho ótimo.
- Mas fica esperto no deadline.
- Ok.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Das Antigas: Croniqueta Publicada na Zero Hora
Ainda na época da faculdade de jornalismo, tive essa pequena crônica publicada no jornal Zero Hora, na coluna de Paulo Sant'Ana. Foi no dia 19 de outubro de 2007.
"A última coisa que o ator Paulo Autran fez em vida foi fumar um cigarro. Morreu de câncer e enfisema pulmonar. Oitenta e cinco anos de idade. Nada mal. Fumava desde os 23. Dois maços por dia. Novecentos e cinco mil e duzentos cigarros em vida. Sessenta e dois anos de fumante. Um cigarrinho, ao todo, pesa um grama. Autran tragou quase uma tonelada de fumo. Novecentos e cinco quilos e duzentos gramas exatos. O peso de um carro popular. A fumaça, obviamente, foi para seus dois pulmões. Trinta centímetros mede um pulmão. Oito centímetros, o tamanho de um cigarro. Os que o senhor Autran fumou em vida, se enfileirados no chão, dariam, 72 quilômetros. Uma viagem de Porto Alegre a Taquara".
Link da coluna: http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=30812&blog=220&coldir=1&topo=3951.dwt
"A última coisa que o ator Paulo Autran fez em vida foi fumar um cigarro. Morreu de câncer e enfisema pulmonar. Oitenta e cinco anos de idade. Nada mal. Fumava desde os 23. Dois maços por dia. Novecentos e cinco mil e duzentos cigarros em vida. Sessenta e dois anos de fumante. Um cigarrinho, ao todo, pesa um grama. Autran tragou quase uma tonelada de fumo. Novecentos e cinco quilos e duzentos gramas exatos. O peso de um carro popular. A fumaça, obviamente, foi para seus dois pulmões. Trinta centímetros mede um pulmão. Oito centímetros, o tamanho de um cigarro. Os que o senhor Autran fumou em vida, se enfileirados no chão, dariam, 72 quilômetros. Uma viagem de Porto Alegre a Taquara".
Link da coluna: http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=30812&blog=220&coldir=1&topo=3951.dwt
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Alienadinho
Cheio de coisas acontecendo e eu sem opiniões formadas. O mundo fervilhando, os dedos de seta nervosos, os juízes da internet a toda, e eu quieto.
Eu devia me posicionar.
Mas, dia desses, comi uma pipoca doce tão boa, com calda de chocolate e coco ralado, que deu vontade de sair outra vez pra rua e não pensar em nada.
E assim estou.
Eu devia me posicionar.
Mas, dia desses, comi uma pipoca doce tão boa, com calda de chocolate e coco ralado, que deu vontade de sair outra vez pra rua e não pensar em nada.
E assim estou.
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